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Dia cinco do caminhos film festival


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O festival Caminhos do Cinema Português entrou em Dezembro com mais um dia preenchido de actividades. O dia da Restauração da Independência de Portugal  de 2015 pode não ser feriado nacional, mas para o Caminhos Film Festival é dia de celebração com mais uma jornada preenchida de cinema nacional.

Tal como no dia anterior, estiveram mais de seiscentas crianças presentes na sessão dos Caminhos Juniores. Provenientes de uma dúzia de escolas primárias e jardins de infância da zona de Coimbra, os mais novos viram um conjunto de curtas de animação de Portugal e vários países, seleccionadas de forma a estimular a capacidade crítica de cada um.

Às 15h a sessão dos Caminhos Mundiais apresentou apenas uma longa-metragem. Na Cave, de Ulrich Seidl, é uma exploração documental pela parafernália proibida escondida nos recantos e espaços pessoais de pessoas reais. A Selecção Caminhos Mundiais traz este ano como país convidado a Áustria e tem sessões diárias no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

Também às 15h, mas no Conservatório de Música da cidade a porção internacional da Selecção Ensaios apresentou curtas de nacionalidades tão díspares como Alemanha, França, Irão, Líbano, República Checa e Polónia.

Depois de uma pequena pausa para café as 17h30 continuaram as actividades do festival em mais duas sessões paralelas, tanto no Conservatório como no TAGV onde foi retomada a Selecção Caminhos com a animação Da minha Janela, de Tânia Duarte, e o documentário de Phillipe Constantini, Casa das Mães, como no Conservatório, que retomou a melhor selecção das escolas de cinema nacionais.

Às 19h os cinemas NOS do Fórum Coimbra reservaram uma sessão especial para a Selecção Diásporas. Depois da curta Clandestino, de Bruno Cabral foi exibido o filme português de 1967 O Salto. Um drama de Christian de Chalonge que retrata as peripécias e perigos da imigração portuguesa para França na década de 1960 através da perspectiva António, um marceneiro português que, para fugir à guerra colonial e à pobreza, decide emigrar. À dureza da travessia da fronteira, somam-se as dificuldades em Paris. Sem documentos, sem trabalho e sem falar francês, António deambula pela cidade em busca de Carlos, o amigo que lheprometera ajuda. Neste seu percurso solitário, a esperança e o optimismo vão dando lugar à desilusão, sentimento partilhado por muitos portugueses com quem se vai cruzando.

Pelas 21h30 o Caminhos contou com a presença de Paulo Morais no TAGV, candidato à Presidência da República Portuguesa, no primeiro acto de campanha após a entrega da formalização de candidatura no Tribunal Constitucional. O antigo vice-presidente da câmara municipal do Porto teve a oportunidade de tomar contacto directo com o cinema português na penúltima sessão do dia da Selecção Caminhos. Nesta sessão, após Cinzas e Brasas, de Manuel Mozos, ocorreu a estreia da primeira longa-metragem de João Salaviza, Montanha. Neste filme acompanhamos a vida do adolescente Paulo durante os dias da iminência da morte do avô e como o jovem se recusa a enfrentar a perda do familiar.

O dia número cinco do Caminhos do Cinema Português terminou com uma última sessão às 24h da Selecção Caminhos no TAGV, onde foram exibidas as obras Bicho Vai, de Mário Melo Costa, Yulya, de André Marques, Bunker, de Sandro Aguilar e Vila do Conde Espraiada, de Miguel Clara Vasconcelos

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