cinemalogia-8-banner-Website-01.png

Curso de Cinema Documental – Cinemalogia 8

O Cinema tem o poder de documentar. Documentar o real, o fictício, o cruzar de mundos e universos distintos que sob a batuta do realizador nos imergem noutras perspectivas e experiências. Pode dizer-se que o cinema começou assim, pela via documental. Nos primórdios desta sétima arte constatamos que os filmes produzidos pelos irmãos Lumière, bem como  de Aurélio Paz dos Reis, surgidos no término do Séc. XIX, e que reportavam situações do quotidiano. “L’Arrivée d’un Train à la Ciotat”, a “Chegada de um comboio americano a Cadouços”, “La Sortie Des Usines Lumière” ou “Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança” seriam naquela altura imagens tão revolucionárias quanto o são hoje. Se então era possível viajar no tempo e rever aquele momento para sempre fixo na película vezes sem conta, hoje é lhes conferindo um carácter antropológico, mas acima de tudo mágico transpondo as barreiras do tempo e do espaço, permitindo-nos observar num glimpse as sociedades de então.

Actualmente o documentário assume um papel importante numa sociedade profundamente digitalizada que vive numa era de mudanças tecnossociais acelaradas à escala global. A partilha e produção de informação ocorre a um ritmo frenético utilizando os mais diversos media. Documenta-se o real e o irreal. Se na ficção se induzem elementos do real, na realidade são introduzidos elementos da ficção. As fronteiras entre a esfera privada e pública esbatem-se e confundem-se. Não é algo que o cinema não o tivesse previsto. Belarmino também corria na película atrás dos seus combates, enquanto Leonard Zelig apenas desejava encontrar o seu lugar na sociedade e ser amado. Não se deve deduzir que o documentário represente a realidade «tal como ela é». Assim como o cinema de ficção, o documentário é uma representação parcial e subjetiva da realidade. Neste contexto, é pertinente olhar para o cinema como uma ferramenta de registo e de expressão.

Nesta oitava edição do Curso de Cinema – Cinemalogia os Caminhos do Cinema Português procuraram renovar o seu projecto pedagógico e explorar das fronteiras entre o real e a ficção, entre o cinema documental e o ficcional, isto é o cinema de docuficção. Os objectivos gerais do projecto vão para além da formação de estudantes. Pretende-se, de forma similar às edições anteriores, que o curso seja capaz de produzir uma obra fílmica cuja qualidade lhe permita a participação em eventos cinematográficos de relevo contribuindo para o enriquecimento curricular e profissional dos formandos. Em cento e sessenta horas o curso propõe treze módulos essenciais para a compreensão do diálogo cinematográfico documental.

Os módulos apresentam-se em três blocos didáticos específicos:

Introdução teórica e pré-produção:

  1. História e Linguagem do Cinema, com Margarida Leitão (8h);
  2. Estruturas Narrativas, com Daniel Ribas (8h);
  3. Investigação, Escrita e Planeamento para o Documentário, com Catarina Alves Costa (16h);
  4. Cinema Documental Português, com Ricardo Leite (8h)

Produção:

  1. Direcção de Fotografia para Documentário, TBA (8h)
  2. Direcção de Som para Documentário, com David Badalo (8h)
  3. Realização Documental, com Pedro Magano (32h)

Pós-Produção:

  1. Design de Som, com Luís Antero (8h)
  2. Montagem de Imagem e Som, com Tomás Baltazar (24h)
  3. Color Grading, com Nuno Garcia (16h)
  4. Distribuição, com Maria João Mayer (8h)
  5. Pós-Produção de Som, com Miguel Martins (16h)

As inscrições decorrem em www.caminhos.info/cinemalogia com uma campanha promocional até 1 de Março.

Curso Com­pleto Campanha Promocional – até 1 de Março de 2018
Estudante – 400€ 300€
Público Geral – 550€ 450€

 

 

Related Posts