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Dia três do Caminhos Film Festival

O Caminhos Film Festival de 2015 é pleno de estreias. Depois de se ter inaugurado o Conservatório de Música e os Cinemas NOS do Fórum como espaços de exibição da mostra de cinema de Coimbra, domingo 29 de Novembro apresentou outra novidade, agora na programação do certame.

Mas comecemos pelo início. O terceiro dia de festival abriu às três da tarde com o regresso à casa habitual do Caminhos, o Teatro Académico de Gil Vicente. A animação Vigil, de Rita Cruchinho Neves foi o primeiro filme exibido, complementado com dois documentários. O primeiro, de Filipa Reis e João Miller Guerra, Fora da Vida, sobre a ociosidade não voluntária no Portugal de 2015 e por fim, a primeira de três obras exibidas este ano do cineasta Manuel Mozos. João Bénard da Costa: Outros Amarão as Coisas que Amei, não só uma homenagem ao próprio Cinema mas também ao homem que foi director da Cinemateca Portuguesa durante dezoito anos e também crítico, autor e leitor voraz e criativo.

Enquanto no TAGV se iniciava mais uma sessão da Selecção Caminhos, no auditório do Conservatório de Música de Coimbra (ACMC) ocorria mais uma estreia nesta edição do festival. Pela primeira vez um filme de produção exclusivamente internacional foi exibido numa sessão competitiva do festival Caminhos do Cinema Português. A abertura da Selecção Ensaios, proporcionou que ao filme Fast Food, do polaco Eryk Lenartowicz, coubesse a honra de encetar a abertura da porção internacional do festival. Fast Food retrata a vida monótona e repetitiva de Roberto, trabalhador num restaurante de comida rápida e a alterção que sofre o seu quotidiano quando um novo vizinho se apresenta no seu prédio. Também neste primeira sessão da Selecção Ensaios Internacionais foram exibidos os filmes How I was making a movie about my granny, de Anna Sinitskaya, Elevator, de Asan Djantaliev, Chhaya, de Debanjan Nandy, Echo, de Madhuri Ravishankar, No one at that place, de Seung Hyeob Kim e Come the Light, de Chao Koi-Wang. A abertura da Selecção Ensaios a obras internacionais teve como principal motivação a necessidade de recontextualizar o que é produzido nas escolas de cinema portuguesas e oferecer a oportunidade de descobrir novas e diferentes identidades ao público do festival.

O dia do Caminhos Film Festival continuou às 17h30 com mais uma sessão da Selecção Caminhos no TAGV e simultaneamente novo conjunto de Ensaios Internacionais no Conservatório. Às 21h30 apenas um filme foi exibido no Teatro Académico de Gil Vicente. Portugal, Um Dia de Cada Vez, de João Canijo e Anabela Moreira retrata o dia a dia da população cada vez mais idosa de Trás-os-Montes e Alto Douro, uma jornada por um quotidiano desertificado.

Um pouco mais tarde, às 21h45, nos cinemas NOS do Fórum Coimbra houve a oportunidade de rever alguns dos filmes mais marcantes do dia numa sessão condensada de várias das secções do festival.

O Caminhos Film Festival continua esta semana, segunda-feira já pelas dez da manhã com a abertura dos Caminhos Juniores aos alunos das escolas e infantários de Coimbra, numa iniciativa que tem construído o público do cinema português desde tenra idade.

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