Desde a sua primeira edição que o festival Caminhos do Cinema Português nos vem desafiando para a diversidade formal e temática do cinema em contexto nacional. O próprio facto de assinalarmos neste ano de 2011 a 18ª edição é prova suficiente da sua resistência à política da (in)visibilidade que em geral afecta a expressão pública do cinema entre nós.
Em vez de engrossar o coro das lamentações, aproveitando o contexto institucional da sua emergência, especialmente no que diz respeito à liberdade e à generosidade dos membros da Academia que o dinamizam, o evento que celebramos propõe-nos periodicamente um confronto crítico com um elenco representativo das experiências com a arte das imagens em movimento.
Vale a pena destacar o significado e a oportunidade deste confronto, pois é justamente através dele que melhor podemos alimentar a pluralidade criativa que o evento convoca desde o título.