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- Os Caminhos do Cinema Português fazem votos de boas festas e de um próspero ano novo recheado de Cinema Português. Os Caminhantes, relembrando as palavras do poeta António Machado, têm a oportunidade de fazer “caminho ao andar” nesta época festiva. Oferecemos aos nossos entusiastas seguidores a oportunidade de começar em 2017 a dar as primeiras pegadas na produção cinematográfica.
O desejo de criar deve estar sempre associado a uma estrutura de conhecimentos basilares, essenciais para a edificação de qualquer obra cinematográfica. A falta de referentes, a falta da história que se quer marcar, leva a problemas de índole artística com destaque para a originalidade. Ser original na área do cinema é querer pautar a história da arte com a novidade (e não apenas a continuidade) e para isso torna-se essencial uma concepção geral daquilo que já foi feito, das regras criadas comumente pelos outros para que hoje as possamos quebrar se assim o desejarmos.
Os vencedores da XXII edição dos Caminhos Film Festival, já foram anunciados e os filmes Zeus de Paulo Filipe Monteiro e Cartas de Guerra de Ivo M. Ferreira são os que arrecadam mais prémios. O Grande Prémio do Festival Portugal Sou Eu, foi atribuído a Chatear-me ia morrer tão joveeem…, de Filipe Abranches. A cerimónia de entrega de prémios aconteceu no dia 26 de novembro às 21h45 no Teatro Académico de Gil Vicente.
Manoel de Oliveira tem sido considerado pelos seus pares como um dos grandes Mestres do cinema. Aos seus 73, como jeito de registo cinematográfico da dor, memoriza a sua casa, o abandono do material e a perda da estabilidade para um novo ponto de partida existencial. Apesar de parecer algo totalmente nefasto se olhado superficialmente, representou um marco na sua carreira, a influência da busca pelo real que pode ser ficcionado, a referência e amor pela arte de forma transversal (não são raras as referências a Agustina, por exemplo) expressa pela película.
Os Caminhos estendem a passadeira vermelha no dia 26 pelas 21h45 no TAGV para conhecer os grandes vencedores da seleção caminhos e da seleção ensaios. Esta última sessão é o culminar de 8 dias de festival, onde o público fica a conhecer oficialmente todos os vencedores das mais diversas categorias apreciadas pelos diversos grupos de jurados desta edição.
Há uns anos quando Kiarostami nos mostrou o público de Shirin, ficámos com uma visão diferente daquilo que era cinema e espectador, do que era a catarse e o sentimento expresso na face daquele que se isola acompanhado na sala de projecção. André Gil da Mata consegue ir mais longe, indo até à sala de projecção mostrando-nos Sena e o seu quotidiano de projecionista jugoslava, com o amor pelo cinema e pela memória colectiva da arte cinematográfica com o pretexto e metáfora de Eva Ras.
Na compra de DVD’s na FNAC entre 12 e 26/11, usufrua do preço de sócio na 22a edição dos Caminhos do Cinema Português.
Começa hoje a IIIª do Simpósio Internacional Fusões no Cinema onde mais de vinte investigadores e dez oradores convidados apresentarão os resultados das suas investigações.
A XXII Edição dos Caminhos já se encontra a meio e muito do melhor do nosso cinema já foi projectado em grande tela. A gala de abertura, no Mosteiro Santa Clara-a-Nova, foi composta por um crescendo cinematográfico. O cinema é feito, idealmente, para muitos. Variados são os espectadores e os seus gostos, tendo a sessão de abertura representado uma mostra da possibilidade de criação de filmes: um formato académico, de animação e de grande produção.